Projeto musical de Petrópolis une o popular e o erudito em canções complexas

A paixão por ficção científica influenciou Vicktor Correa, músico e compositor de Petrópolis (RJ), a criar seu projeto musical em 2015, a Urantia. A partir do Heavy Power Metal, a banda traz canções que falam sobre conceitos da filosofia e espiritualidade, a partir de uma estética sci-fi. Prestes a lançar o EP “EOS”, o grupo consegue unir influências de peso como Judas Priest, Shaman e Versailles, como também elementos da música barroca e brasileira.

“Nos inspiramos nessas bandas na questão do peso, mas principalmente no contraste entre melodias do metal tradicional misturadas com as mais modernas. As harmonias vindas da música erudita, como no Versailles e Shaman, também estão presentes em nosso som.

Fora do metal, ouvimos muita música brasileira, principalmente música regional. E isso dá uma estética bem diferente ao som, principalmente para os estrangeiros que ouvem nossa música e identificam uma linguagem musical completamente diferente da deles.”, analisa Vicktor Correa.

Criado em meio a música erudita, característica da cidade de Petrópolis, o músico desde pequeno frequenta saraus de piano e concertos de orquestra. Além disso, durante a adolescência estudou em uma escola de música e, por consequência disso, sempre teve contato com ensaios de violino e piano. “Isso tudo foi construindo a minha identidade musical no meu subconsciente. O que resulta numa forma natural de expressão quando vou compor atualmente.”, relata Vicktor.

A Urantia teve início em 2015, ainda no formato voz e violão. Na época, as canções autorais apresentadas no primeiro show fizeram parte do disco de estreia “Innerverse”, lançado originalmente em duas partes nos anos de 2017 e 2018 e, posteriormente, relançado com vocais de Marla Brück, em 2023. Durante a pandemia, em 2021, a banda apostou num projeto ousado em que, ao som do single “Van Gogh”, foi compilada uma série de performances artísticas envolvendo dança, canto, artes plásticas e a interpretação da letra em linguagem de sinais, por Larissa Araújo.

Assista a homenagem aos artistas:

Originária da cidade de Petrópolis (RJ), a Urantia se envolve em diversas atividades locais, como o Festival da Música Petropolitana, em que ficou em 4º lugar com a música "Van Gogh". E a participação no Festival Solstício do Som, também realizado na cidade serrana. Fazem parte da Urantia os músicos Vicktor Correa (bateria), Iara Vilaça (voz), Yuri Stanzi (baixo) e Gabriel Veloso (guitarra).

Assista a live session da Urantia:

Em 2023, a Urantia se prepara para o lançamento de seu novo EP, chamado EOS, que marca um ponto de virada na carreira da banda. Enquanto solidifica o peso que vem trazendo nestes quase 10 anos de carreira, o grupo investe no contraste do peso do heavy metal com a suavidade de pianos e elementos de orquestras.

“As letras contarão o início da história de ficção científica que estou escrevendo e apresenta a personagem principal dessa história, A.N.A. Será uma história de libertação de crenças limitantes e a descoberta do seu verdadeiro ‘eu’, que abordará temas da filosofia e espiritualidade mas numa estética de ficção científica”, detalha Vicktor Correa, baterista e compositor.

O EP foi gravado no Estúdio Fusão (SP), do vocalista Thiago Bianchi (Noturnall) e produzido por Douglas das Neves. Neste novo trabalho a banda também apresenta a voz de Iara Vilaça, especializada e referência na técnica de "Drives Vocais" no Brasil.

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